Resto de amor é como fel
Pior que o gosto amargo
Do adoçante cancerígeno
Que se instala na boca
Estraga o paladar
E mata o grão do café
Depois de torrado e triturado
Não bastou virar pó
Tem que amargar
Até a última gota
De saliva
Entre os dentes
As papilas gustativas
Até a boca do estômago
Azia foi o que restou
Daquele doce amor.
(Mariana de Almeida).
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
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