Tirem seus carros da rua
Que eu quero passar
Que eu quero correr
Que eu quero dançar!
Tirem seus prédios cinzas daqui
Que eu quero ver o céu!
Tirem seus concretos do caminho do mar
Leve seu capital para longe de mim!
Leve sua escravidão para longe da gente
Que a gente quer passar
Que a gente quer cantar
Que a gente quer amar!
Tirem suas mãos daqui
Suas mãos são máquinas de moer gente
Suas mãos seguram a faca que fatiam a gente
Em camadas finas e tão frias...
Suas mãos não abrigam nem produzem calor
Suas mãos são pedaços de dor
Que erguem muros e segregam a gente
Suas mãos são o nosso grito de NÃO!