quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Bandido.

Aquele bandido
Não bastasse entrar na minha vida
E roubar tudo que havia dentro dela
Alegria, livros, discos, umas roupas
Mas deixou meu cinzeiro de estimação
Os cigarros se foram, o whisky também
Ficou o porta retrato abstrato...
Aquele bandido
Roubou meu pequeno aquário de sonhos
E foi vivê-lo com outra iludida
Aquário velho, peixes novos
Sonhos velhos, tempos novos
Aquele bandido
Antes fosse só isso
Fiquei sem água
Sem cigarro
Sem chão...
Deixou a luz ser cortada
Gastou o dinheiro no bar
Apostou tudo no bicho
E deu azar
Perdemos tudo.

Maldito burro!

(Mariana de Almeida)

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