E o nosso amor morreu assim
Não foi tão repentino...
Mesmo um ataque cardíaco
Tem lá seus motivos
Algumas desilusões
Envenenam qualquer coração
Não tem aorta que resista;
Nosso amor foi bonito
Enquanto eu cuidava de você
E você cuidava de mim
Você me abraçava forte
Quando eu temia a chuva lá fora
Éramos dois em um
Ou um em dois?
Não, essa conta não fecha...
Nos perdemos ao nos encontrar
E nos resgatar de nós mesmo
Foi a morte da nossa metade
Louca, cega e dopada de paixão;
De volta a ser um, silêncio se fez
O ciclo se fechou
A página virou
A chuva não mais assusta
O sol sempre volta
Na mesma janela de um novo verão;
Nosso amor morreu assim
Mas nós estamos vivos
Tão vivos, meu bem.
(Mariana de Almeida).
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
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