Há mais passado no presente
Que presente em nós mesmos
Há menos futuro em nosso presente
Que supúnhamos no passado
De um outro tempo presente
O tempo é de desordem
O clima é instável
A natureza está em fase terminal
Brotam-se cancro do que semeamos
Abrem-se feridas de pus e sangue
Ao invés do botão de flor
Éramos ingênuos ou só idiotas?
Éramos sonhadores ou só crianças?
Fomos o que nunca seríamos
Traímos nossos átomos e moléculas
Nos corrompemos envenenando a água
E depois servindo-a em jarras de ouro
A indigestão é ácida...
A sede de tudo não tem cura
A fome de ontem não tem futuro.
(Mariana de Almeida).
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
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