Rouba-me tudo
Rouba-me o nada que possuo
Rouba meu pouco juízo
Rouba minha insensatez
Rouba meu desejo de justiça
Rouba meu livro do Neruda
Rouba meu disco favorito
Rouba minha paz;
Só não rouba minha solidão
Minha solidão já tem dono
Por um feitiço do tempo
Ela foi aprisionada em mim
No calabouço onde somente
A dor, minha rainha absoluta
Libertaria minha solidão
Num rompante de compaixão
Que não há nem nunca haverá
Clemencias em vão...
Misericórdia ao coração.
(Mariana de Almeida)
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
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