Eu morri tantas vezes
Algumas bem ali na tua frente!
Você era dura, mãe?
Você não morria?
Ou da morte nunca renasceu?
Tua risada estampavam os dentes sombrios
Ou caçoavam de nós, pobres mortais,
Que ainda sangravam de medo antes da hora final?
Corram! O portão está trancado
Perdemos as chaves para sempre
E o carro novo em breve chegará!
Nos diga, mãe, o quanto somos felizes?
Diga, mãe!
Antes de derrubarmos o portão!
(Mariana de Almeida).
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