Quando era pequena
E o mundo parecia tão grande
Tudo era infinito e distante
Quase palpável;
Quando era grande
E o mundo se tornou tão pequeno
Tudo era finito e frágil
Quase quebrável;
Agora que sou tão minúscula
Um grão de areia na imensidão
Um átomo de qualquer superfície
Feliz por saber-me inútil e só
E o mundo nada que me satisfaça;
Não me dói mais...
Nem ser levada pelo vento num sopro
Nem ser esquecida sob o peso da pedra;
Também não me dói mais sua ausência
Talvez sua presença até me incomode
Tudo é uma perspectiva do nada
Nada, nada...do nada que significa
Simplesmente não ser nada e não desejar nada
Que altere o nada dos fatos.
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