Das cores vivas que inventei
Apagaram!
Das cores vivas que pintei...
Apagaram!
Das cores vivas que vesti
Apagaram!
Das cores vivas que insisti
Apagaram!
Mandaram apagar e calar!
Nova ordem foi dada
Ao novo tempo
Que se impôs sobre a cidade
Cores vivas à la Frida Kalho
As cores do nosso sangue latino
Por tantos séculos castigado
Foram todas assassinadas.
Mancharam de cinza
Para sempre a memória
Dos novos tempos que chegaram
O cinza dos muros é o cinza
Que a gente não queria
O cinza do mau tempo
O cinza da tristeza
Nunca uma cor traduziu tanto
A dor do nosso tempo.
(Mariana de Almeida)
Imagem: Pintora Mexicana Frida Kahlo.
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