sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Nosso amor.

Nosso amor era doença
Curava os dias
Enlouquecia as noites
Entorpecia nosso sangue
Bombeava nossas veias
De versos, lirismo e vinho
Anoitecíamos Santos
Amanhecíamos Loucos
Cobertos de poemas
Que marcavam na pele
Como tatuagens
E palavras rabiscadas
Que nunca decifravam
Nossa vaidade letal
Que mancharia de sangue
Toda poesia que fizemos um dia.


(Mariana de Almeida).

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