quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Mães solos de LGBTs.

   Mães solo de LGBTs sofrem muito mais violência psicológica do que se pode imaginar. A família e o meio social em geral julgam e responsabilizam essa mãe pela orientação sexual de seus filhos. As pessoas homofóbicas têm sempre argumentos conservadores e agressivos na ponta da língua ao acusarem a mãe pela educação dada ao filho em que foi "permitido" o jovem revelar tal identidade e desestruturar a frágil estrutura familiar fomentada em moralismo, hipocrisia e violência.
   A mãe solo, como o nome já diz, foi deixada ou deixou seu parceiro e pai biológico desse filho e assim o criou e educou totalmente sozinha, e embora estivesse sofrendo e passando por sérios problemas sociais, financeiros e emocionais, foi também e continua sendo alvo de críticas e apedrejamento social e familiar por rejeitarem seu filho LGBT.
   As mães também são atingidas pela LGBTfobia, não bastasse o pavor que sentem  por seus filhos estarem à margem de uma sociedade conservadora e extremamente raivosa, visto que o Brasil é um dos paises que mais mata lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e o governo atual não tomou nenhuma medida protetiva à essa comunidade que merece nosso respeito e apoio, visto que são cidadãos que trabalham, estudam, pagam impostos e por isso devem ter os mesmos direitos e deveres que os todos.
   As mães de filhos LGBTs que lutam por seus direitos civis e humanitários estão adoecendo de medo, angústia, violência, solidão, preconceito e depressão! Isso quando não são acusadas pelo pai biológico pela condição de seus filhos. É comum serem intimadas a responder: "O que você fez para criá-lo assim?" ou "Veja o que você permitiu que seu filho se tornasse!", "Você é a culpada!" entre outras acusações.
   É urgente lançarmos um olhar mais solidário para as mães solos que temem por seus filhos em uma sociedade tão violenta, preconceituosa e desigual.

Acolher, essa é a palavra que pode ajudar e salvar vidas de tantos LGBTs e suas mães. Acolhimento, respeito, inclusão, solidariedade e civilidade a todos.



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(Mariana de Almeida - Poetisa, escritora, humanista, mãe solo e divulgadora de conteúdo)

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