terça-feira, 18 de outubro de 2016

Profana.

Tanto busquei aos deuses
Tantas súplicas e orações 
Até poemas lhes ofereci
E nada!
Tentei lhes agradar de todas as formas
Fiz jejum, promessas, decorei salmos
Ofertei-lhes meu pão, bebi todo o vinho
Mas o que eu pedi, os deuses nunca me deram
Ainda não sei o que fiz de errado
Ao ser explulsa assim do paraíso
Ainda menina meus pecados traí
Por oferecer aos deuses minha inocência
Em troca de algum alento, desvelo.
Os deuses não sabem,
Mas ao me negarem os céus
Abriram abrigo sem véus em meu coração.




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