Não serei mais humilde
Não serei mais modesta
Não serei mais discreta...
Não serei mais o último arroz de festa.
Tanta polidez em vão
Tanta virtude, tanta erudição.
Não serei mais uma menina flor
Não brincarei mais com o que causa dor.
Agora vou me entregar
Ao extraordinário
Que é valorizado
Que é explorado
Que é de bom grado.
Serei uma menina mil
Cheia de artimanhas
Esperta como deve ser
Uma menina do Brasil.
(Mariana L. de Almeida)
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
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