segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Adeus.

Há tanta romantização nesse mundo de tudo que nos é tóxico, limitador, agressivo e excludente.
Romantizamos o capital, as armas, o álcool, a posse, os muros... Romantizamos o poder e até matamos por ele.
Passamos pelos irmãos abandonados nas calçados e simplesmente ignoramos para não nos atrasarmos, somos tão escravos!
Abandonamos o amor por pura vaidade e egocentrismo, achamos que sozinhos seremos mais, iremos mais longe e venceremos o sistema.
Não, não há salvação para nós. Somos tão egoístas e estúpidos!

Sabemos do inevitável fim e ainda assim não nos redimimos.
Quem saberá explicar em que linha evolutiva tudo desviou-se do natural e lógico, e resultamos nós para desgraça do Mundo.
Seguiremos, dia após dias, destruindo tudo o quanto for possível, até o momento final em que nenhum remorso poderá alterar os fatos.
Uma vida que poderia ter sido e não foi por pura romantização da nossa solidão.
Não tornaremos a nos ver, é fato. Estamos demasiadamente atrasados para o nada.


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