Já fui boba, mas nunca Santa
Santas não existem!
Já tentei acreditar em semideuses
Deuses só castigam a inteligência da gente
Santos e Santas só se for do pau oco
Já fui boba e ainda sou
Boba de amor, ainda acredito na flor
Mas a idade e o tempo te trazem
Maturidade e uma dose de serenidade.
Indiferença dói
Arranha a garganta como fel
Mas adoço um café com mel
Viro a página da vida e recomeço meus dias
Nada é tão definitivo
Como o dia de amanhã
Que nasce com sua autorização
Ou não!
Sei degustar o vinho e o pão
O sim e o não
Da vida que nunca passa em vão.
(Mariana L. de Almeida)
Um diário denunciando através de poesias e crônicas as dores e delícias de uma mulher face ao século XXI.
terça-feira, 26 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
De todas as mulheres do mundo.
De todas as mulheres do mundo
Eu já fui todas
De menina e santa...
Casta e puritana
À sacana e insana
Aquela que engana
Em troca de qualquer aliança
Já fui inocente como nova
Já fui coerente como velha
Já fui linda como a lua cheia
Já fui feia como areia seca do sertão
Já disse sim e já disse não
Já entrei em templos e igrejas
Já dancei com as bruxas sob o clarão
Da imensidão da lua sobre o chão
Já entornei o vinho, o lírio, a papoula
Já mastiguei a hóstia, o pão e o sermão
Já vomitei em latrinas de ouro
Já comi em pratos de papelão
Já fui feliz ao pisar na terra com pés descalços
Já amei na beira do mar enquanto a água salgada
Molhava meu vestido de flor
Já chorei sozinha em rodovias desertas
Sem carona, sem carinho, sem deus.
De todas as mulheres do mundo
Carrego cada uma delas no meu olhar.
Eu já fui todas
De menina e santa...
Casta e puritana
À sacana e insana
Aquela que engana
Em troca de qualquer aliança
Já fui inocente como nova
Já fui coerente como velha
Já fui linda como a lua cheia
Já fui feia como areia seca do sertão
Já disse sim e já disse não
Já entrei em templos e igrejas
Já dancei com as bruxas sob o clarão
Da imensidão da lua sobre o chão
Já entornei o vinho, o lírio, a papoula
Já mastiguei a hóstia, o pão e o sermão
Já vomitei em latrinas de ouro
Já comi em pratos de papelão
Já fui feliz ao pisar na terra com pés descalços
Já amei na beira do mar enquanto a água salgada
Molhava meu vestido de flor
Já chorei sozinha em rodovias desertas
Sem carona, sem carinho, sem deus.
De todas as mulheres do mundo
Carrego cada uma delas no meu olhar.
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagem em destaque
Sobre escrever.
Escrever é preciso, ser lido já é outra coisa Escrever é necessidade, impulso, grito Ser lido é invasão, dedo na cara, condenação Jul...
-
Quando você penetrou o seu corpo em mim Também penetrou um pouco da sua dor, sua ira Também penetrou um pouco da sua vida e sonhos Não tr...
-
Tirem seus carros da rua Que eu quero passar Que eu quero correr Que eu quero dançar! Tirem seus prédios cinzas daqui ...
-
Palavra É lavra Na pele do tempo Metal extraído Do fundo da terra Lavado na lágrima Reluz Fere Liberta Ou mata A fome A terra ...